Dificuldades e reconhecimento

Lizete foi muito criticada, ouviu coisas terríveis por estar alfabetizando a filha. Muita gente ao redor ironizava e questionava aquilo, ninguém acreditava que ela realmente entendia alguma coisa, diziam que era tudo fantasia.

Adriana também escutava tudo aquilo e sofria, chorou muito por causa disso, mas venceu. Conseguiu se realizar profissionalmente e ainda por cima, com seu exemplo, ajudar pessoas.

RECEIO - A mãe diz que as pessoas olham para um cadeirante e pensam na pior coisa possível. Ela confessa que antes também tinha essa visão. Existe aquele receio de chegar perto, conversar. “Mas a Adriana enxerga bem, escuta bem, tem os mesmos sentimentos que todo mundo. Ela apenas não veio com o pacote completo” diz Lizete.

Mãe e filha dizem que a felicidade não é a ausência de lutas. Cada um tem que trabalhar o pouco que tem para ser feliz. Não existe ninguém totalmente eficiente. Todos têm suas limitações.

“Ninguém sabe fazer tudo. O fato de ter uma deficiência não faz com que Adriana não seja normal como qualquer outra pessoa. Todos têm suas diferenças. Não pode haver pré – julgamentos”, afirma Lizete.

RECONHECIMENTO - Adriana já recebeu mais de 26 mil cartas de crianças, alunos, pais, mães, e de pessoas com vícios, agradecendo a força dela. Também já ganhou vários diplomas, medalhas e menções honrosas, todos emoldurados e pendurados na parede.

Ela e Lizete vão a escolas e faculdades dar palestras de motivação, sempre mostrando que o “querer é poder”.
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